Friday, November 25, 2011

GREVE GERAL E OUTRAS COISAS

A maior manifestação de mal-estar do último meio século no território. E nem por isso um êxito. Uma preocupaçãozinha de não ser menos que os gregos, que os italianos, ou os tunisinos. Sinal, portanto, de uma inferioridade esmagadora. Entretanto, mais uma agência de notação chama lixo ao pretenso crédito do território. Está certo, claro. O pib não está sequer em queda, mas em despenhamento. A liberalidade de antigos agentes políticos que fazem um manifesto acompanhando a Greve Geral é vulgar sinal de preocupação com a integridade física e política própria. Um oportunismo, como qualquer outro. Uma tentativa de dizer que também disseram. Também estiveram. Como se isso servisse para alguma coisa. Esperanças. Onde só o abandono de todas as esperanças poderia salvar. Procuras de compromisso, onde só as rupturas de todos os compromissos desses poderiam adiantar alguma coisa. A benemérita troika cobra 650 milhões de euros em taxas remuneratórias. E a sórdida corja papista está a salivar com os duzentos milhões destinados às emergências sociais, esperando que boa parte disso lhe vá parar às patas. A miséria alheia é um bom negócio. Sempe o foi, infelizmente. E as repartições de finanças atacadas com tentativa de incêndio, não nos parece coisa que vá parar por aí. Não é natural que o odioso seja odiado?

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