Monday, August 4, 2008

PAPISMO EM PORTUGAL

Manuel Clemente é o mais universitário dos bispos papistas portugueses e o único que aparenta ser um homem normal. (Gente capaz de vida intelectual é sempre outra coisa). Fez um ponto da situação do papismo em Portugal a suscitar todas as esperanças. Aquilo só tem à volta de três mil padres e continua a diminuir. Por cada dois que partem ao encontro de Voitila, aquele antro apenas consegue fabricar um. Manuel Clemente alerta as suas estruturas (chamemos-lhes provisoriamente assim) para o facto de ser necessário relançar o proselitismo papista, em terra até agora dada por conquistada. Não bastam já a intriga e a violência (que não recuava sequer diante do homicídio). Não basta já a perseguição confessional, própria ou delegada. É preciso fazer alguma coisa decente. Não chega engendrar as pestes com o senhor da noite e sentar-se nos degraus do trono de Júpiter. Manuel Clemente sonha portanto a transformação da coisa. Mas as coisas são o que são. E serão o que tiverem de ser. De útil, Manuel Clemente deixou-nos isto: aquela coisa (parda e viscosa) tem menos gente que a Direcção Geral dos Serviços Prisionais (outra coisa parda e viscosa). E continua a reduzir, assim Deus Clemente e Misericordioso o consinta. Todas as heresias terminam como seitas irrelevantes. Contra Ordem sabe que a igreja papista será proximamente processada pela cumplicidade na ostentação (politica, claro) da marginalização religiosa de advogados (a Ordem dos Advogados tem-na por igreja oficial, especialmente ostentada nos bastonatos de Júdice e Alves) e ainda pela ostentação dos desvios de mecanismos do Estado (a Igreja papista é a única entidade que, em Portugal, faz desfiles militares, com todos os ramos das FFAA a que se juntam as forças de segurança – embora o serviço de fronteiras e a ASAE, a polícia económica, sejam, nesse folklore, ignorados pela jerarquia). O projectado processo promete alguma graça. Em resposta a Manuel Clemente, dizemos que os fundamentos do papismo e o seu programa político tal como definido na Libertas Praestantissimum são incompatíveis com os pressupostos do sistema político e com os fundamentos de Ordem Pública. (A demonstração em interpelação judicial segue dentro de momentos).

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