Friday, May 27, 2011

COELHO "INTERVIU"

Facto: “(…) se houvessem cidadãos portugueses que quisessem (…)”. Autor: Coelho. Relevância: a da merderie. Projecto óbvio: a preservação da merderie como cânone. Conclusão: ioda-se. Que coisa importa a merderie como projecto e norma?... A doença mental. É o lugar onde tudo se inverte. A rasquice toma-se por nobreza. O horrendo por belo. O grosseiro por fino. O ignorante por douto. O alarve por elegante. O  repugnante por desejável. E é injúria privá-los dos sinais do respectivo reconhecimento público. Que eles querem ser estimados. Admirados. Seguidos. Querem sentir-se amados, senão desejados. Têm quanto a isto uma sensibilidade extremada. Coisa de panasquice. A inversão fez os invertidos. E invertidos é o que eles são. Assim interviu o Coelho que assim invadeio as televisões. Um conservadeiro, está visto. Do partido de Cavaco emerge enfim o continuador possível e claro. Claramente à escala. Pinto Sócrates, por via das “novas oportunidades”, quis resolver estas coisas do houvessem. Mas nem era preciso. Na terra das inversões eles adem falar por gestos e monossílabos. Por isso ninguém sublinhou a alarvidade notória. Porque não se pode falar do carácter quanto a ninguém. O bom velho Teófrasto é hoje e aqui um tipo de delinquente, daqueles que a reinserção social persegue, para, justamente, reínserir (ao que diz). Porque tudo isto se salda num pretenso juridismo em tudo peculiar. E também por isso se pode dizer que o poder - esse infinitivo - se mostra hoje e em tudo completamente podido. Deu definitivamente o que tinha a dar. 

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