Sunday, May 22, 2011

ESPAÑA SE RADICALIZA

Gracias a Diós. O Movimiento 15 de Mayo não arredou pé. Ignorou as urnas e até hesita em prestar declarações sobre o acto eleitoral ( a TVE não conseguiu declarações deles até agora).  No acto, a tendência é o afastamento radicalizado dos nacionalistas Bascos e Catalães, ainda que em Valencia o espanholismo tenha conhecido a estúpida resposta de um reforço da provincionalização españolista que contagia Aragão. O papismo galego voltou a fazer sentir o seu repulsivo peso. Nas áreas tradicionais do êxito espanholista, o PP destrona o PSOE, capitalizando a radicalização do clima pré-insurrecional. A besta neo-franquista propõe-se, pois, a inviável tarefa do regresso ao passado e propõe que a deixem ver-se a braços com a rebelião e a ruina inscrita no projecto da Europa do Norte (com a estúpida Merkel a assegurar que ocorrerá exactamente o que diz temer). Obama olha com preocupação esta Europa do Sul empurrada para a rebelião. E preferiria que os socialistas lograssem manter-se como instrumento de diálogo e cuidados paliativos na miséria que os terapeutas da crise financeira exigem para a pretendida cura com a qual ameaçam matar todos os doentes. Felizmente a estupidez existe. E a rebelião encontrará agora em Espanha, na violência da revanche papista e neo-franquista, (caso a vitória nas autonómicas se confirme nmas legislativas) a ocasião preciosa para o seu êxito mais do que provável. Em termos estrictamente eleitorais a IU está igualmente de parabéns. Os povos de Espanha radicalizam-se. Isso faz surgir a ilusória preponderância dos neo-franquistas. E é uma ilusão que pode ser-lhes fatal. Deus o permita. Em alguns casos de algumas regiões,a frente PSOE e IU pode assegurar a governação regional (Sevilha é um desses casos). Mas o PSOE tem de escolher rapidamente a sua posição no processo de radicalização em curso. "Uma nova etapa política do país", disse já o PP. Não temos dúvidas. Nova será. Muito mais nova do que podem presumivelmente suspeitar.     

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