Vulgares anibalidades no palácio imperfeito da Ajuda. Cavaco debitou vulgares anibalidades. Coelho, vulgares
anibalidades. Cristas, a latere, vulgares anibalidades, Mota Soares vulgares
anibalidades a latere. A ideia em cujos termos o Chefe do Estado é o penúltimo
a falar foi outra anibalidade. Tudo bastante ordinário. Comum. Vulgar. Mas a observação
anibalesca em cujos termos o investimento se encontra caído em níveis
inferiores aos de há quinze anos, merece um sublinhado. Porque há quinze anos o
investimento público era quatro vezes inferior ao que poderia ter sido (sem deficit)
se o promotor, patrono e pai de todas as máfias não houvesse consentido a
dissipação de três quartos dos recursos em corrupção por cada quarto investido.
Foi quanto valeu (e custou) a dejecção deste fenómeno na vida pública pela scrofa
papista. Agora “o esforço” (o “grande
projecto”) é compensar essas dissipações ao abrigo do princípio do faz tu força
que eu gemo. A coisa teria graça, se não merecesse o garrote vil. E, não sendo
as coisas assim, dizem eles, com Cavaco, a situação torna-se “irreversível” e “socialmente
insustentável”. O melhor era já meter-lhe a insustentabilidade e a
irreversibilidade por algum sítio acima, ou abaixo. Isso feito, já há minuta
para a enunciação verbal correspondente. Dir-se-á “era inevitável”. Porque convém
tratá-los sempre de acordo com as minutas que trazem a uso. (Hoje ou no
futuro). É uma forma eficaz (diríamos mesmo irreversível) de cortar os
textículos a estes minuteiros. No fundo, é meter-lhes os texticulos pela boca
abaixo, pelos olhos dentro e gritar-lhos às orelhas até que os tímpanos se lhes
rasguem. Há que afogar os asquerosos minuteiros, nas suas asquerosas minutas. Há
que fazê-los sofrer as asquerosas minutas. Disso não se deve prescindir. Quanto
à tomada, parece-nos um vulgaríssimo focinho de porco.
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