Friday, June 3, 2011

ÚLTIMOS DIAS

Prostrai os corpanzis no chão do arrependimento. Vem aí o Coelho. Mas também a Teixeira da Cruz e o Teixeira Pinto e o Teixeira e Melo. Mais a Orca negra do Coelho. E o Sarnento. E a ruína. Mais o Hades. E a padralhada toda. Quanto ocorrerá é que nos explicarão detalhadamente porque "interviu" a polícia tantas vezes à moda da Bela Vista, à moda de Setúbal, à moda de Sacavém. Explicando que é assim que tem de ser, por via da "autridade do Estado". A padralhada dirá que é assim que as coisas são, que não se pode ter o paraíso na terra. Que quem quer construir o paraíso na terra só terá o inferno, motivo pelo qual se sentem aqui (e são) imunes pela sodomização e prostituição de crianças órfãs. E pelo trabalho escravo de crianças. É preciso aceitar o inferno neste mundo para ter depois disso o paraíso, dizem. E há para isso tantas respostas que a cólera dá (e a História das Instituições e do Direito registam): a forca, o impalamento, o fuzilamento, o garrote vil, a morte na fogueira, a lapidação (como o ordena a Lei Divina). E a colera é a revelação primeira dos ditames da Justiça que a reflexão hé-de matizar, se o conseguir, se a deixarem existir. Pois é. Quem não pensa a tempo, terá de pensar fora de tempo nas coisas em que devia ter pensado antes. Para matizar a cólera das vítimas, eles vão exigir o consentimento visível delas. Como o proxeneta faz à meretriz. Como o burlão faz ao burlado. É o discurso das "melhores intenções". Eles querem "ajudar". "Dar a mão".  A contrapartida é o "dever" da adesão, Da aprovação. Da cumplicidade clara na desgraça própria. E até irão à "elevação" e ao "amor". Amor e "platónico" dirão mesmo alguns, que assim "darão provas" de eruditos. O amor platónico é uma boa confissão, sim. Nele cabe (se acaso não for isso que aquilo é) a violação de uma indigente por um bêbado. (Eles não são necessariamente fruto disto, podem vir apenas da união que se imaginou útil entre um labrego e uma indigente). E o amor platónico, este amor platónico, é o que resulta desses casos da sexualidade infeliz. É como vos dizemos. Prostrai os corpanzis no chão do arrependimento. E quando se ouvir um "houverão" nas bandas do Coelho, parece-nos justificar-se perfeitamente levar a mão ao revólver. E é preciso ficar de sobreaviso para o que der e vier. Porque não é bom o que vem. Logo depois do Coelho virá a rebelião. (Porque Deus não dorme). Levará mais do que trará, mas pelo menos há-de levar algumas coisas destas. Coisas como a orca, o Coelho e muitos teixos que, como bem se sabe, são tóxicos. Com sorte, alguns Alves ir-se-ão igualmente onde for mister mandá-los. ( Para dar a vénia a Coimbra). Quanto a tudo o mais, alea jacta. Pode-se sempre ir pensando à medida que a desgraça vai chegando. O pânico é uma desorganização de conduta pelo terror. Não existe em quem não se deixar desorganizar.O medo existe, claro. Mas também existe o treino que permite fazer o que há a fazer, apesar do medo.Uma recomendação subsiste integralmente justificada: prostrai os corpanzis no chão do arrependimento. Na terra das bestas, as bestas vão consumar - agora mesmo -  umas coisas memoráveis. É preciso recordar que à direita e à esquerda (a direita e a esquerda que merecem ser ouvidas) a solução  para o colapso do Estado passa sempre pelo despotismo inteligente (singular ou colectivo). Porque será?... Em alternativa há sempre os anarquistas, claro, e esses duvidam de qualquer inteligência atendível em qualquer Estado. E são tão aristiocraticamente provocatórios na sua democracia de base que é tão diificil ouvi-los, como ignorá-los. Mas porque é que havia de ser fácil, não é?... Em todo o caso, difícil, difícil, é o Coelho.  Sem esquecer o Hades. (Bem entendido).     

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