Monday, June 13, 2011

PREPARAR A DESGRAÇA

Nisto não pode haver grande novidade. É preciso um sinédrio, onde a reforma legal se pondere no plano dos legados institucionais caracterizadores da civilização, desde as leis contra a usura da velha Roma aos legados do filantropismo do séc. XIX. É precisa uma nova escola que permita a análise consciente da corrupção intelectual e da vacuidade de convicções que a gerou e geriu. É precisa outra forma de comunicação com as massas populares. É precisa outra Igreja, onde a beleza encontre a unidade vivida com a justiça, de modo a que novas comunidades venham dar corpo ao projecto de transfiguração do mundo, ao qual uma nova espiritualidade de velhos mestres conferirá energia (ou seja e à letra, actividade) e dinamismo (i.e. poder). A Igreja é o mais velho, o mais belo e o mais consistente projecto de transfiguração do mundo. Eliminado o execrado papismo que se sumirá na falência (e só o dinheiro o sustenta hoje) a nobreza da Ortodoxia da Fé impor-se-á por si própria, no diálogo natural com as demais religiões (à excepção do papismo, que isso é organização multinacional de pederastas, traficantes e homicidas, cujo primaz confessou já o corte  de todos os elos com a Tradição ao deitar fora o uso do título de Patriarca do Ocidente,  Patriarcado que, evidentemente, importa restabelecer no contexto de Fé que é o seu). Nada de novo no que há a fazer. Resolvidos organizacionalmente os embriões destas estruturas, o novo exército e a nova judicatura são fáceis de erguer. E as nacionalidades históricas da Península coexistirão em criativa paz, numa Europa tão nova como tal paz, cujo limite oriental é Vladivostok e há-de erguer-se sem estados vassalos, sem povos de servos, banindo o homicidio e a pilhagem como política de estado. Não é dificil que seja assim. Muito embora, evidentemente, os filhos das trevas sejam sempre mais diligentes que os filhos da luz.

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