Enquanto os
McCann enfrentam ainda os efeitos da campanha massiva de descrédito que contra eles lançaram uns inspectores da Polícia autóctone - criminalmente arguidos por tortura e encobrimento – o processo continua a debater-se com as inépcias espantosas daqueles pseudo-investigadores. É portanto em Outubro que se elabora e divulga, enfim, a imagem residual de um vulto suspeito quanto ao desaparecimento de uma criança em Maio (!) retrato elaborado por especialistas ingleses (evidentemente), enquanto a “polícia portuguesa” - que finalmente descobriu um homem apresentável no seu âmbito organizacional - diz, enfim e também, que todas as linhas de investigação permanecem abertas… (Que estiveram abertas, todos notámos e, aliás, abertas a tudo, não foi?). É também em Outubro que se vão suprir as lacunas de investigação no interrogatório de testemunhas cujos
depoimentos ou não foram devidamente registados, ou não foram devidamente produzidos. As lições aqui são fáceis de tirar e podem formular-se desde já. Uma polícia a quem bastam habitualmente a intimidação, a violência, a intriga e a manipulação, não pode estar adestrada em qualquer rigor investigatório ou técnico. Tal gente – chamemos-lhe provisoriamente assim - não precisa de investigar, porque qualquer sessão de tortura viabiliza meia versão, que qualquer juiz recrutado na baixa classe média valida acriticamente. (Esta gente é quase toda aferida uma pela outra, como não podia deixar de ser). Na verdade, são bandos de alarves, não obstante os esforços de propaganda
em contrário. E a eficácia está à vista. Os alarves produzem a alarvidade. Às vezes, com efeitos irremediáveis. Ora isto não é tolerável. Os McCan, em vez de estarem muito ofendidos com a (ridícula) imprensa portuguesa, bem poderiam processar o Estado - com os seus indiciados torcionários intervenientes - pela ficção de polícia que se permite manter
em actividade. Pela inépcia na sua direcção. E pela ousadia inconcebível de atacar a respeitabilidade dos queixosos sem a mínima conclusão investigatória. E devem processar nos tribunais da Coroa, evidentemente. Entretanto é de saudar que tenham (finalmente) tomado a palavra (em discurso directo), porque a situação de estarem a ser
alvejados permanentemente, sob intimação em cujos termos nada poderiam dizer é outra coisa pela qual o Estado (português) deve responder em tribunal. E a opinião pública faria melhor em compreender (de uma vez por todas) o risco iminente que tal conduta "institucional" representa para toda a gente. Tais "instituições" transformam este território num país-armadilha, onde tudo pode perder-se num minuto, como numa tragédia (que pode atingir não importa quem). Entretanto, esqueça a imprensa portuguesa e veja o dossier da
Sky.
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