Enfim a crise. Bela crise. Querida crise. Os socialistas desagradados com aquela história do policiamento político num sindicato, estão à beira da desgraça e da cisão formal que a material ocorreu já e há algum tempo. O PSD está à beira da desgraça e da cisão formal, que a material ocorreu também já há algum tempo. O CDS está à beira da desgraça e da cisão formal, que a material foi ocorrendo ao longo do tempo. Na opus lavra o incêndio do confronto entre Teixeira Duarte e Jardim Gonçalves. Na maçonaria, lavra o confronto entre os protectores dos suspeitos de "pedofilia", como se convencionou chamar a tais práticas, (entre outras protecções cuja enumeração seria fastidiosa) confronto que os opõe a todos os demais, na obediência que ainda conta. Nas fratrias que já contaram lavram as sequências de entusiasmos e depressões, a ritmo rápido, que hão-de revelar-lhes (querendo-o Deus) a dimensão da situação psicótica na qual se traduzem as respectivas existências. O apito doirado emparelha com o apito verde. Os magistrados debandaram do mundo do futebol e não querem, sequer, que alguém se lembre que os viu lá (onde, de resto, poderiam perfeitamente não ter estado). A hierarquia católica cala-se a ver em que param as modas, como sempre faz (e só nisso vem um alívio extraordinário, que não há quem consiga aturá-los). A Casa Pia readquire a temperatura que deve caracterizar o caso. E uma crise financeira de escacha promete aquecer o Inverno, enquanto o governo grita eufórico que recuperou os três por cento, como quem grita o milagre da virgindade readquirida. Dificilmente poderia viver-se uma situação mais promissora. Em breve saberemos se há país.
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