Saturday, October 27, 2007

FLORES DO MOITA E A INIMIZADE AOS McCANN

O Moita, coitado, vem dizer que a entrevista dos McCan foi um circo. Mas, circo, circo, foi a promoção do Moita. Não se fala já das desonestas ficções sobre processos-ficção (do “ballet-rose” ao pseudo tráfico de diamantes, passando pelo plebeísmo das imaginações do que pudessem ser os diálogos dos Grandes do Reino entre si, ou do que pudesse ser a linguagem do Séc. XVIII… tudo completamente grotesco, claro, e beneficiando – muito - de não haver crítica literária, nem aliás vida literária). Verifica-se que ainda não escreveu sobre o processo da sua própria promoção. Nem sobre aquele curioso incidente (do qual toda a gente fala vai para vinte anos) da pasta confidencial de um ministro da defesa, descoberta na posse de um travesti… Isso é que era novela. Isso é que era circo. Então e a novela que dava a “Grande Loja” dos proxenetas, dos antigos agentes da PIDE, dos traficantes de armas, da Moderna, da Independente… (Ora aí estava uma narrativa circense capaz de entusiasmar a plebe da velha Roma). Não conhecerá ele suficientemente bem tais casos? Fale de quanto conhece, que falará certamente bem. Já neste caso, o conhecimento do Moita vai ficando cada vez mais claro. Traduz-se numa aversão visceral ao normal aprumo de gente normal. Em geral falando, todos os labregos se sentem em causa diante de qualquer elegância. Todos os poltrões se sentem em causa diante de qualquer determinação. Todos os intriguistas se sentem em causa diante de qualquer convicção. E as reacções dos poltrões, dos labregos e dos intriguistas são (sempre) muito emotivas, nestas matérias… Mesmo quando as apresentam ensebadas pela pretensa “técnica”. Na verdade e por quanto já ousou escrever tal criatura, podemos dar por assente que nem sequer imagina quais são as referências reaccionais de homem ou mulher normalmente bem-educados… compreendendo quanto esperam de si diante das grandes tensões, dores, ou alegrias e evidentemente lhes determina a conduta em qualquer confronto, ou diante de qualquer público. Será preciso lembrar que em Inglaterra há padrões de conduta como referências sociais claras acima da baixa classe média? E que aí não é frequente a indulgência para quem não controla as suas emoções em público? Acha os McCann frios, a criatura. Mas para que lhe serviria o eventual calor dos McCann? E à luz de que decreto divino temos nós que aturar – como se normas fossem – meras opiniões de pretensioso, mal tingido e mal envernizado?

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