"The portuguese police"... O "polícia médio local" multiplica-se em "diligências" públicas informais. Mobiliza comentadores. Ele é o Moita Flores - e a Loja do Mota Flores, porque a promoção de fenómenos destes tem, em regra, uma explicação assim - ele é a Felícia Cabrita, ele são apelos sem fim ao que de pior pode vir das profundezas das frustrações da "ialma portuguesa".Querem o apoio da população para a polícia e querem infamar as vítimas do crime cuja investigação, por algum motivo ainda não conhecido, se obstinam em interromper com pseudo-conclusões, que por serem pseudo-conclusões carecem de uma reprovação dos McCann em "plebiscito". Promovem então uma discussão pública da matéria dos autos, no quadro da impossibilidade objectiva de os conhecer. Que opiniões visam mobilizar? É possível entrever as concretizações, com facilidade. A mulher casada, sovada habitualmente e a odiar aquilo a que os outros chamam família. O desgraçado que falhou na vida familiar, como em todos os outros quadrantes e se compensa com a aversão a quem lhe parece não ter falhado. A mulher por quem a vida passou enquanto meneava as ancas nas ânsias de promoção e emprego. Tudo isto é chamado. E vem. Opina. Vibra. Parece que o sacrifício de gente normal faz com que os anormais se sintam um pouco melhor... E a sordidez é uma velha e eficaz arma de arremesso fácil. Já à pobre Maria Antonieta acusaram de "incesto" com o delfim, minado pela tuberculose óssea aos dez anos. (Era só um modo de tortura, evidentemente). E é isto que os polícias à moda da terra estão a fazer. Multiplicam-se aliás as referências à normalidade da gente do grupo de ingleses, como se fossem coisas reprováveis. "São investigadores". "São médicos". Parece até que há mal nisso. É como se não houvesse melhores psicólogos que os doentes mentais. Como se não houvesse melhor juiz que o delinquente. Andam nervosos, os polícias. Hoje mesmo na TVI a Felícia Cabrita fez aquela estranha cena da "ponderação da conduta" dos pais de Maddie. Ao lado, a Sky emitia uma bela reportagem, bem feita, sobre o caso. Estranha cena, a da Cabrita, mas cena do costume. Traduz-se em dizer que os outros não reagem como ela teria reagido, quando, em bom rigor, nem ela pode razoavelmente saber como reagiria. E a propósito: a Cabrita tem filhos? Tem família? Ou é o Moita Flores a experiência mais parecida com isso que já teve? E quem a fez padrão de normalidade para a vida alheia?
Claro que os "advogados top" dos pais de Maddie deveriam intervir. É nestas coisas que se vê o estado das relações entre a Opus e as "Grandes Lojas"(à moda da terra). Pinto de Abreu e Rogério Alves, já que lograram projectar-se e promover-se à custa da Ordem e dos terrores que nela grassam (com cumplicidade deles), deveriam opor-se a estas coisas. Primeiro, por dever estrito: não se pode ver o constituinte a ser obstinadamente alvejado sem o mínimo gesto de defesa. (Ou dar-se-á o caso deles serem advogados da polícia junto dos McCann?) Depois, há nisto, também, conveniência nossa, da comunidade. Porque é imprescindível que os monstros se entre devorem. É mesmo a única esperança das pessoas normais, aqui. E convém que, ao menos como monstros, os monstros sejam decentes. Importa pois que se devorem uns aos outros, ou morram na tentativa.
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