Thursday, October 11, 2007

HOMENAGEM

Do nosso confrade Kyrios Kyrios Kritis retomamos, reproduzimos e integralmente subscrevemos, o seu texto de entrada em combate - dando-se a circunstância de ter transferido a posição e sedeação ao ser alertado para o repulsivo facto de se ter posicionado ao alcance dos cascos desta gente. (Os sábios são sempre distraídos). Eis o texto.
2007/10/01 ELEIÇÕES NA ORDEM DOS ADVOGADOS
Abriu a época eleitoral naquela ordem. As pseudo-maçonarias e a opus apressam-se a publicar as suas galerias de monstros. As Ex.mas candidatas e candidatos oferecem à estampa as suas melhores expressões: num sítio as ventas cansadas da sempre decepcionada, ali o ar expectante da piranha, acolá a cara a fazer lembrar um focinho de lagarto, mais à frente um perfil de milhafre... Estas galerias são um hino ao momento presente. Parece rara a gente normal. Tais aparências não enganam: se a gente normal parece rara, é porque é rara a gente normal. É gente sem duas caras, todavia. Tivessem eles duas caras e não trariam a uso as que mostram. Estas galerias fotográficas valem os pretensos programas. Ali eles calam-se. Mas estas caras gritam. É preciso olhar para estas caras. É preciso arquivar estas fotografias como documentos imprescindíveis à instrução e demonstração de uma pretensão bem simples: a "Ordem dos Advogados Portugueses" deve ser extinta com urgência. Lugar de concorrência sem freio – e absolutamente infame – lugar de arbítrio apto a fazer claudicar todos os direitos de todos os cidadãos pela paralisação e difamação arbitrária de qualquer advogado que a qualquer máfia se oponha, esta estrutura substitui a polícia política de outras eras e pede para ela... o sufrágio das suas vítimas, sob pena de procedimento disciplinar caso falte a presença na mesa de voto. Deveriam portanto os advogados eleger quem vai exercer os poderes de Comissão de Censura, numa terra onde teoricamente é proibida a censura. Devem os advogados eleger aqueles a quem é lícito falar em público, de acordo com um estatuto onde é proibido falar, devem os advogados eleger quem os perseguirá se alguma vez tiverem a loucura de patrocinar quem seja perseguido pelos proxenetas de órfãos da Casa Pia, pelos grémios do Futebol do alterne, pelos atrasados mentais da opus, ou por qualquer fenómeno afim, de entre os inúmeros que manifestamente se sentem titulares na compropriedade sobre o país e, por consequência, com direitos ao correspectivo tributo em vidas humanas e dor alheia. Qualquer de tais grémios terá certamente os seus arautos, representantes, delegados, observadores, agentes, em qualquer das listas já que todas as listas tiveram até hoje o cuidado de se não pronunciarem sobre nada que os impeça de continuarem a exercer o terror... É verdade que a Candidatura do Prof. Garcia Pereira se pronunciou com clareza contra a perseguição pela Ordem dos colegas "mais corajosos". Mas a expressão colegas "mais corajosos" sublinha a vontade de impor excepções pessoais em razão da coragem reconhecida e não chega para traduzir a exigência do Direito que é a Liberdade como regra, a independência como condição, a igualdade de todos como evidência. A Candidatura do Prof. Garcia Pereira parece portanto a menos má. E nem isso nos basta. Haja então o voto em branco para os mais preocupados. E possam os mais ousados – ostensivamente – não pôr lá os pés, nem os votos. Entretanto olhem-se estas caras... Que caras! (Que prodígios, realmente).

No comments: