Monday, October 8, 2007

A procuradora e o chefe dos skins: mais uma novela

Um chefe dos “hammer skins” à portuguesa e em prisão preventiva à portuguesa – prisão que entende ilegal e porventura o será, porque isso não é raro - fez apelo a uma velha técnica anarquista: apelou à memória das fratrias que integra. Não foi mais específico que isso, mas isso bastou. Visa a procuradora com quem, pelos vistos, antipatiza muito. (Não são os procuradores quem decide as prisões preventivas, embora as possam propor). Trata-se de uma doutora Cândida, de cujo libelo acusatório, no caso, um universitário e constitucionalista disse já tratar-se de acusação em matéria de mera opinião política. Ao atrevimento do preventivo irritado, responde um eco que terá sido bastante compensador. O sindicato pede protecção à procuradora (contra a memória do seu nome?)... E por todo o lado houve ecos de gente assustadiça. Tudo se consentiu comentários de pura tolice. “Ameaça”, dizem eles. Basta um homem atrevido, mesmo preso, para os deixar neste estado? E basta uma opinião divergente – mesmo partilhada e por disparatada que seja - para ser preso?

http://www.rtp.pt/wportal/sites/tv/marcelo/

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