Um jornal humorístico (embora com as advertências devidas) iniciou o sarcasmo relativamente ao caso Maddie, inserindo a Opus Dei (ficticiamente, diz) no desenvolvimento do caso. Tal satirização é posterior à entrada do Bastonário Rogério Alves como advogado português do processo, sendo sabido que tal advogado (na foto) é conhecido pela sua proximidade a essa seita, aliás temida no território português. "The spoof" refere especificamente a Opus Dei como seita, de acordo com os hábitos dos países onde a laicização é politicamente efectiva e onde tal estrutura é credora de uma antipatia merecida e generalizada. Rogério Alves tem sido objecto de protestos pelo facto de manter (como os seus antecessores, aliás) as missas católicas como parte do ritual organizacional da Ordem dos Advogados. (Também tem sido alvo de críticas por instrumentalização da Ordem para sua promoção pessoal). E a sua intervenção no caso Maddie tem suscitado vários comentários e muitas dúvidas quanto ao recorte que tal caso vai adquirindo. Recorte que é - com esmagadora probabilidade - alheio à dor das vítimas e àquilo que importa resolver. O cepticismo dos que vão apontando a politização do caso ainda não se manifestou tão específico ao ponto de lhe identificar a presença das "grandes lojas" (à moda da terra, sempre justa causa de náusea) e da Opus (sempre justa causa de alergia). Pobre Maddie. Mas tanta seita em presença é fortemente sugestiva doutra possibilidade além da pedofilia, para cuja hipótese os pais se inclinam... Os rituais estranhíssimos que por aí andam largados ao pretenso abrigo dos "conhecimentos iniciáticos" e da "superação do mal e do bem" também reclamam o seu preço em vidas, ao menos de acordo com a literatura. E nem a pedofilia daí pode estar excluída como hipótese razoável. Sendo Portugal o pior dos lugares para perseguir pedófilos (q.e.d.).
Saturday, October 6, 2007
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