Saturday, October 13, 2007

PORTUGAL DA CASA PIA

O Sol gere bem o folhetim Catalina e regressa com mais um episódio. Sublinha a Maçonaria, agora, nos eventos da Casa Pia (claro). Talvez os maçons não sejam todos assim, diz a velha, mas parecem. (Sintética versão livre). Estamos de acordo. Não são os outros quem tem deveres de distinguir bem o que eles próprios fazem tão indistinto a olhos alheios. Catalina fez o esforço exigível. E isto faz regressar o tema da crise na Justiça. Eis o problema: trata-se aqui de uma terra onde aos desvalidos acontece isto. Mas onde também um primeiro-ministro foi assassinado sem acontecer mais nada. E dois ministros da Defesa (porque além de Amaro da Costa, Firmino Miguel também conta). O caso de Firmino Miguel foi inconclusivo, claro, mas isso sempre seria parte integrante da crise. Quase tudo é inconclusivo. E pergunta-se o homem comum (o chamado declaratário normal) que coisa pode acontecer-lhe, a ele, sendo isto assim. Estúpida pergunta. É evidente que pode acontecer-lhe, tão simplesmente, tudo. Nem adianta ter medo. O “discurso securitário” dos conservadores nada adiantará alguma vez. Ninguém se sentiria (nem estaria) seguro com o Paulo Pedroso no comando das polícias. E o partido socialista tem os únicos conservadores que há, mesmo que não estejam todos lá. (É uma espécie de Partido Revolucionário Institucional com as suas intermináveis novelas mexicanas e não falta sequer a ostentação do sublime título de "licenciado" pelo chefe do governo). Nenhuma presença equivalente a Paulo Pedroso alterará grande coisa, seja onde for. Nem o Portas (evidentemente). Crise, crise, crise, martela a imprensa. De que falam eles, já que nem isso se sabe? (De atrasos, porventura, sim, sobretudo dos atrasos mentais). Justiça: diz-me o que proteges, dir-te-ei em que crise estás.

No comments: